Nota sobre o radicalismo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Muitos me chamam de radical. Dizem que não preciso ser tão exagerado, que não posso mudar tão drasticamente nem me comportar de maneira tão irredutível. Que estou sendo insensato, imaturo e até mesmo irresponsavel! A vocês, car@s colegas, tenho uma perguntinha a fazer:

Se vivemos num mundo coordenado por um sistema de regras e pessoas tão radicamente brutais e violentas em todos os aspectos, tão radicalmente doentes em todos os aspectos, tão radicalmente injustas e excludentes em todos os aspectos, tão radicalmente carentes de amor e fraternidade em todos os aspectos, porque também não tenho eu o direito de ser radical em todos os aspectos?

O que me impede de querer ser radicalmente saudável, não ingerindo alimentos pobres que desarmonizam meu corpo/mente/espírito e não consumindo substâncias tóxicas, por mais que sejam socialmente incentivadas e culturalmente legitimadas? Que mal há em ser radicalmente (d)esperto e me recusar a ficar em frente a um aparelho cujo único objetivo é exibir propaganda disfarçada de noticiários, filmes, novelas, desenhos animados e outras peças publicitárias? Por que não posso tentar ser radicalmente amoroso e me abster das competições entre irmãos, sistematicamente impostas e inconscientemente aceitas pela maioria das pessoas? O que há de errado em acreditar num mundo radicalmente bom e em tentar construi-lo AGORA?

O radicalismo não parece assim tão mal, parece? Na minha opinião ele é necessário! :)
Mais sobre radicalismo AQUI.

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